O espírito que em mim habita não é alma do outro mundo, nem espírito desencarnado de outras vidas. Ele foi se construindo de pedacinhos de mim, cacos de vidro quebrado dos meus desenganos. Eu conheci o amor inteiro. Eu conheci a amizade inteira. Eu conheci a felicidade inteira. A vida quem foi quebrando, pedacinho por pedacinho, por muito tempo. Ah, o tempo! Se não fosse ele nem sei o que seria de mim (ou desse espírito intruso). Esse tempo levado, que me viu tantas vezes chorar, decidiu por conta própria colar os meus detritos. Usou uma cola especial (que mistura amor e fé) chamada esperança. Hoje esse espírito me eleva, me usa, me escreve, me canta... um canto que me refaz todos os dias. Sem espírito não há movimento, não há sonho, não há vida. O espírito que habita em mim hoje não chora mais, das lágrimas se fez poesia.
Este Blog foi criado para atender às necessidades de escrita da autora, como todo diário; e acolher seus devaneios. E como tudo que é escrito merece ser lido... Iremos compartilhar todas as sensações, emoções da vida. Visitem sempre que puder, como quem visita um amigo para ouvir seus sentimentos.
quarta-feira, 25 de março de 2015
UM LEMBRETE
Quando quiser lembrar de mim, lembre-se do modo que eu te olhava e não da cor ou formato dos meus olhos. Lembre-se do que me fazia sorrir e não da minha boca ou som que dela saía. Quando quiser de mim recordar, lembrar quem eu realmente era, pense nos motivos que me faziam querer viver, os meus desejos, os sonhos que eu trazia no coração e a paixão com que os buscava; ao invés de pensar no meu tamanho, na minha cor, nas roupas que eu usava. Quando for relembrar a força da nossa amizade, ou do nosso amor, sinta em seu coração a intensidade e verdade de cada abraço, cada beijo e de cada palavra de amor; não dos presentes ou objetos que provavelmente trocamos ao longo da vida... e no final, se ainda não se lembrar de mim, tenha certeza, nós nunca nos conhecemos.
O DIA DA GRATIDÃO
Hoje quero ser grata ao sol, por tantos dias iluminados. Hoje que ser grata ao céu, pelos dias estrelados; e às estrelas por mostrarem alguns caminhos. Quero ser grata às árvores pelas sombras nos dias quentes. Quero ser grata aos pássaros por cantarem quando estão felizes, mas, principalmente, quando estão tristes; mostrando que o canto alivia as dores. Quero ser grata à quem me disse "bom dia", "boa tarde", "boa noite"... é bom acreditar na educação e delicadeza de desejar ao próximo simplesmente um dia bom. Quero ser grata ao ar que permite que eu o respire, à água que me retifica, à Deus porque me deu a vida e permite que ela seja bela. Quero ser grata ao amor, por ter se apresentado a mim e permanecido ao meu lado. Por tudo isso quero ser grata hoje, amanhã e sempre! O dia da gratidão? A gente é que escolhe.
terça-feira, 24 de março de 2015
AQUELE CONTO QUE EU NÃO FIZ
Quero um desconto por não saber fazer um conto, no entanto procuro escrever com algum encanto. Eu ando de conversa com o amanhecer, da sua doçura e sua alegria. E, às vezes, eu canto o entardecer, das suas dores e agonias. Mas conto eu não sei... nunca consegui fazer! Não sei encontrar espaço, nem acertar o tempo, tampouco inventar pessoas com nomes e dramas (não dou nome a nada nem a ninguém - tudo que existe já tem nome) eu só penso e rio do meu jeito desajeitado de não saber inventar. Começo a pensar nas coisas à minha volta; como uma história tão simples de um passarinho que pôr-se a voar, foi atingido e quebrou a asa. Eu não sei quebrar a asa de um passarinho, minhas palavras se quebrariam antes que eu puxasse o estilingue. E se eu fosse inventar um conto de criança ia ficar com pena da criança ter que "trabalhar" na história, fazendo isso ou aquilo que eu mandasse; prefiro que ela leia (ou alguém leia para ela) e viva de imaginar. Só resta eu tentar um conto de adulto, e que não tenha passarinho. Aí fico sem saber o que escrever... porque sou criança com espírito de passarinho.
segunda-feira, 23 de março de 2015
SABER VIVER
Não há nada que eu queira mais que viver. Viver é mais que respirar, é mais que ir à faculdade, é mais que trabalhar, é mais que namorar. Viver é algo que tem a ver com externar um mundo que é só seu. Claro que você pode dividi-lo, você DEVE dividi-lo... mas primeiro tem que saber quais as partes que compõem esse mundo. Quais emoções, sensações, delírios, desejos, alegrias e até medos. Sim, medos! Eles também são parte essencial do nosso viver. Para saber viver faz-se necessário reconhecer esses sentimentos e apreciá-los, curti-los (como se diz hoje). Temos que reconhecer e aproveitar como o momento único, rico em aprendizado. Mas principalmente sentir, sentir e sentir! Tão bom saber viver... não há nada que eu queira mais que saber viver.
quinta-feira, 19 de março de 2015
A BAGAGEM DA VIDA
Estou seguindo em frente,
sem um grande sonho, mas com um forte objetivo. Talvez a minha bagagem ainda
esteja pesada, porém pretendo ir deixando pelo caminho o que não me convém mais
carregar. Sinto que ainda dói me desfazer de algo que esteve comigo durante
muito tempo, mesmo que me machuque tê-lo, iludo-me em achar que ainda
precisarei dele para sentir-me bem, aí me lembro que lá no começo, bem lá no
começo, deparei-me com a mesma situação e consegui focar o meu olhar adiante e levar apenas
o essencial. Descobri que o complemento para minha “sobrevivência”, minhas tão sonhadas alegrias,
estava
pelo caminho que ainda iria percorrer. Não devo me prender ao que já tenho,
tudo bem que algumas coisas são indispensáveis, não tem como deixar para trás,
coisas que fazem parte da gente, da nossa própria essência. E aprendi da forma
mais dura que algumas se perdem sem percebermos, outras caem, mas já estamos
num ritmo diferente e contínuo, não temos tempo de parar e por de volta
na mochila. O tempo é um bem irrecuperável. Isso aprendemos um pouco tarde, mas
sempre aprendemos. Às vezes dá vontade de deixar a mochila, outras vezes de
parar e ficar ali, acumulando coisas que nem sei se um dia irei usar. Todavia, sou cada
vez mais impulsionada a seguir, e é isso que quero e devo fazer, mesmo que à
minha frente surjam montanhas, bosques, rios... não importa! Lembrarei que existe algo,
que não cabe na minha mochila, mas tenho comigo a todo instante, e é isso que
me faz querer vencer: O AMOR!
O QUE VALE NA VIDA
Mais vale uma palavra não dita que o esforço de dizer mentiras;
Mais vale a recusa de um beijo que um beijo de consolação;
Mais vale ser apenas amigos que bodas de traição;
Mais vale refugiar-se em si mesmo que não ter refúgio algum (conhecer-se
melhor é uma boa saída);
Mais vale contar até 10 e esperar a raiva sumir que não conseguir
contar o quanto se arrepende;
Mais vale não esperar nada e ganhar um sorriso que esperar um
beijo e não ser sequer notado;
Mais vale dar um passo de cada vez e perceber que está andando que
tropeçar na própria imaturidade;
Mais vale sonhar com a poesia que perder-se nos devaneios da
realidade;
Mais vale amar que achar que é amado;
Mais vale viver agora que esperar a vida perfeita, porque viver já é perfeito.
PARA ONDE VÃO OS SONHOS?
Meu
pensamento colidiu com o seu.
Quantos
sentimentos antigos explodiram dentro de mim.
Quê
será que vem aí?
Toque?
Beijo? Medo? Um novo fim?...
Novo
começo?! Tenho certeza que a cada dia nasce comigo, mas... E o que eu não
pensei? O que eu não quis? Para onde vão os sonhos não sonhados? Será que
existe o “Mundo dos sonhos perdidos”? Se existe, quem habita tal lugar? Talvez
a Esperança ande por lá, reciclando
os sonhos e mandando-os de volta com uma nova roupagem, na tentativa de querermos
sonhá-los novamente. E quem foram os descuidados que perderam os sonhos? Tenho
um palpite: A Covardia, o Medo, a Angústia, a Solidão.
Afinal, o que eles fariam com os sonhos? Nada. Na verdade eles nos distraem
para não darmos vida aos novos sonhos de querer viver. Acho que esse é o
segredo que torna pública a desesperança do homem. Um homem não vive em
plenitude sem sonhos.
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